sexta-feira, 6 de abril de 2012

POETAS PERNAMBUCANOS

Ascenso Ferreira




Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira (Palmares, 9 de maio de 1895Recife, 5 de maio de 1965) foi um poeta brasileiro.
Órfão aos treze anos de idade, passou a trabalhar na mercearia de um tio e, em 1911, publicou no jornal A Notícia de Palmares o seu primeiro poema, Flor Fenecida.
Em 1920, mudou-se para o Recife, onde tornou-se funcionário público e passou a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais.
Em 1922 casou-se com Maria Stella, filha do poeta, funcionário público e literário pernambucano Fernando Griz, mas este casamento não durou muito.
Em 1925, participou do movimento modernista de Pernambuco e, em 1927, publicou seu primeiro livro, Catimbó. Viajou a vários estados brasileiros para promover recitais.
Em 1933 conheceu Maria de Lourdes Medeiros e passou a morar com ela. Em 1948 nasceu Maria Luísa, filha do casal.
Em 1941 publicou o seu segundo livro Cana Caiana. O terceiro livro Xenhenhém estava pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de Poemas, que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor - a edição continha, ainda, o poema O trem de Alagoas, musicado por Villa-Lobos.
Em 1955, participou ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro. Em 1956, foi nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceitava que o poeta e boêmio irreverente assumisse o cargo. Foi nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e Cultura, onde só comparecia para receber o salário.
Em 1963, a Editora José Olympio (RJ) lançou Catimbó e outros poemas.
Usava sempre um grande chapéu de palha, que era uma verdadeira logomarca.

Gilberto Freyre


Gilberto Freyre
Gilberto Freyre, ca. 1975
Nascimento 15 de março de 1900
Recife, PE
Morte 18 de julho de 1987 (87 anos)
Recife, PE
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor
Prêmios Prêmio Jabuti de Literatura (1973)
Gilberto de Mello Freyre[1] (Recife, 15 de março de 1900 — Recife, 18 de julho de 1987) foi um sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor brasileiro, considerado por muitos brasileiros como um dos mais importantes sociólogos do pais.

Índice


Filho de Alfredo Freyre, juiz e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito do Recife e de Francisca de Mello Freyre. Gilberto Freyre é de família brasileira antiga, descendente dos primeiros colonizadores Portugueses do Brasil. Em suas palavras: "um brasileiro que descende de gente quase tôda ibérica, com algum sangue ameríndio e fixada há longo tempo no país".[2] Tem antepassados portugueses, espanhóis, indígenas e holandeses.[1] Gilberto Freyre inicia seus estudos frequentando, em 1908, o jardim da infância do Colégio Americano Batista Gilreath[3], que seu pai havia ajudado a fundar. Tem seu primeiro contato com a literatura por meio de As Viagens de Gulliver. Todavia, apesar de seu interesse, não consegue aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos.
Em 1909 falece sua avó materna, que vivia a mimá-lo por supor que ele tinha problemas sérios de aprendizado, pela dificuldade em aprender a escrever. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, Coisas & Animais.
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Freyre estudou na Universidade de Columbia nos Estados Unidos onde conhece Franz Boas, sua principal referência intelectual. Em 1922 publica sua tese de mestrado "Social life in Brazil in the middle of the 19th century" (Vida social no Brasil nos meados do século XIX),dentro do periódico Hispanic American Historical Rewiew, volume 5. Com isto obteve o título Masters of Arts. Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933 e escrito em Portugal. Em 1946, Gilberto Freyre é eleito pela UDN para a Assembléia Constituinte e, em 1964, apoia o golpe militar que derruba João Goulart. A seu respeito disse Monteiro Lobato:
O Brasil do futuro não vai ser o que os velhos historiadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre é um dos gênios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antárticas ainda produziram.
Gilberto Freyre foi também reconhecido por seu estilo literário. Foi até poeta, sendo que o seu poema "Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados" entusiasmou Manuel Bandeira. Gilberto Freyre escreveu um longo poema inspirado por sua primeira visita à Cidade de Salvador: Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados. Impresso no mesmo ano em reduzidíssima edição da recifense Revista do Norte, o poema deixou Manuel Bandeira entusiasmado. Tanto que em carta de 4 de junho de 1927 escreveu: “Teu poema, Gilberto, será a minha eterna dor de corno. Não posso me conformar com aquela galinhagem tão gozada, tão senvergonhamente lírica, trescalando a baunilha de mulata asseada. S!” (cf. Manuel Bandeira, Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, v. II: Prosa, p. 1398). O poema tem três versões: a primeira foi reproduzida por Manuel Bandeira em sua Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos (1946); a segunda, modificada pelo autor, foi publicada na revista carioca O Cruzeiro de 20 de janeiro de 1942; e a terceira aparece nos livros Talvez Poesia (José Olympio, 1962) e Poesia Reunida (Edições Pirata, 1980).[4]
Portugal ocupa um lugar importante no pensamento de Freyre [5]. Em vários de seus livros, como em "O Mundo que o Português Criou", "O Luso e o Trópico" demonstra o importante papel que os portugueses tiveram na criação da "primeira civilização moderna nos trópicos". Freyre foi um dos pioneiros no estudo histórico e sociológico dos territórios de colonização portuguesa como um todo, chegando mesmo a desenvolver um ramo de pesquisa que denominou de Lusotropicologia.
Ocupou a cadeira 23 da Academia Pernambucana de Letras em 1986. Foi protestante batista, chegando a ser missionário e a frequentar igrejas batistas norte-americanas, quando jovem. Este fato costuma ser ocultado pelos biógrafos e adeptos das teorias de Freyre. Gilberto Freyre retornou ao catolicismo posteriormente.


Zé Dantas



José de Sousa Dantas Filho (Carnaíba, 27 de fevereiro de 1921Rio de Janeiro, 11 de março de 1962), mais conhecido como Zé Dantas, foi compositor, poeta e folclorista brasileiro.
Foi parceiro de Luiz Gonzaga em vários sucessos, incluindo "O Xote das Meninas", gravado por Ivon Cury e Marisa Monte, entre outros.
É avô da cantora Marina Elali.

Lula Côrtes


Lula Côrtes
Informação geral
Nome completo Luiz Augusto Martins Côrtes
Nascimento 09 de Maio de 1949
País Brasil
Data de morte 26 de março de 2011 (61 anos)
Local de morte Band recife.gif Recife, Bandeira de Pernambuco.svg Pernambuco, Brasil, Mercosul flag.png América Latina
Luiz Augusto Martins Côrtes (09 de Maio de 1949 - Recife, 26 de março de 2011), mais conhecido como Lula Côrtes foi um cantor, compositor, pintor e poeta brasileiro.
Foi um dos primeiros a fundir ritmos regionais nordestinos com o rock and roll, juntamente com Zé Ramalho e outros artistas.
Em dupla com Lailson, lançou no início de 1973 o álbum Satwa, o primeiro disco independente da música brasileira moderna, com a participação de músicos que depois ficariam consagrados, como Robertinho de Recife. O álbum chegou a ser relançado na década de 2000 nos Estados Unidos pela gravadora Time-Lag Records.[1]
Em 1975, lança o raro e cultuado álbum Paêbirú em dupla com Zé Ramalho.[2] Quase todas as cópias do álbum foram destruídas em uma inundação, tornando-o muito difícil de ser encontrado.[3] O álbum foi relançado em 2005 pela gravadora alemã Shadoks Music,[4] e em 2008 na Inglaterra pelo selo Mr. Bongo (MRBCD050).[5]
Ainda em 1976 fez parte da banda de Alceu Valença.[6] Após isso, gravou alguns álbuns solo pela gravadora Rozenblit que nunca foram lançados. Entre eles está Rosa de Sangue, que em 2009 foi finalmente lançado pela gravadora estadunidense Time-Lag Records (Time-Lag 041).[7] Em 1980 finalmente teve um álbum solo lançado, chamado O Gosto Novo da Vida, pela gravadora Ariola.
Durante a década de 1980, a maioria de seus trabalhos foram produzidos com a banda Má Companhia.[6] Côrtes também não deixou de fazer algumas colaborações com Zé Ramalho em outros álbuns, incluindo o álbum de estreia do cantor de 1978, Zé Ramalho, o De Gosto de Água e de Amigos de 1985 e o Cidades e Lendas de 1996.
Também publicou livros de poesia.[8]
Na madrugada do dia 26 de março de 2011, Lula Côrtes faleceu aos 61 anos, vítima de um câncer na garganta, no Hospital Barão de Lucena em Recife.[9][10]

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